ANBIMA - Brazilian Financial and Capital Markets Association

07/04/2024 | News release | Distributed by Public on 07/04/2024 09:52

RTM inova com serviços de blockchain e projetos em IA

Com a missão de acelerar o ritmo de inovação da RTM, o novo CEO da empresa, Márcio Castro, chega com o desafio de cruzar uma nova fronteira de crescimento, agora como hub integrador do mercado. O executivo tem mais de três décadas de experiência em projetos de tecnologia voltados ao setor financeiro, tendo atuado tanto em instituições de mercado quanto em clearings e, mais recentemente, no ecossistema das fintechs. Para ele, o papel da RTM é viabilizar projetos de tecnologia ou torná-los mais simples para as instituições. Nessa conversa exclusiva, Castro destaca quais são os projetos atuais e futuros para apoiar o desenvolvimento do mercado.

Neste primeiro momento, quais são os desafios que considera mais importantes?

Desde sua criação, há 27 anos, o papel da RTM é oferecer soluções inovadoras em tecnologia para o setor financeiro, agregando serviços e viabilidade financeira. Nessa linha evolutiva, para além de sermos uma rede de telecomunicações, passamos a oferecer software como serviço, com destaque para o Hub Fundos, que resolveu o problema da portabilidade e já é líder no segmento. Entendemos que todos os participantes da indústria têm que estar sintonizados. Essa é a fronteira de crescimento da RTM: oferecer serviços de negócio como infraestrutura de mercado, integrando os participantes envolvidos.

O mercado está acompanhando de perto o Piloto Drex, a fase de testes da moeda digital brasileira, e as possibilidades trazidas pela tokenização de ativos. Como a RTM tem visto essas oportunidades?

Estamos trabalhando em duas ofertas no blockchain. A primeira é o Sandbox Drex, criado para que as instituições que não estão no piloto do Banco Central possam começar a se preparar. Além disso, recentemente estruturamos nossa oferta de blockchain como serviço, na qual o cliente que tenha um projeto de tokenização de ativos use a nossa infraestrutura, diminuindo custos e melhorando as condições de entrada dos participantes do mercado nesse universo de tokenização.

Num cenário em que o open finance vem ganhando espaço, a interoperabilidade se torna um conceito-chave para infraestruturas de mercado. Nesse sentido, existem avanços previstos?

No tema da interoperabilidade, vemos que para múltiplas questões de negócio as soluções têm sido diferentes. Nas questões de conta corrente, operações de crédito e de investimento, a solução que o Banco Central está trazendo é por meio do open finance. Ainda nesse tema, se discute muito a interoperabilidade das redes de blockchain, e do ponto de vista de infraestrutura a RTM tem algumas iniciativas.

No caso dos fundos de investimento, por conta do sucesso do nosso Hub Fundos, temos recebido demandas dos clientes para estender o serviço para a transferência de fundos, que é como se fosse a portabilidade do administrador do fundo, ou seja, não só da ponta passiva, mas também da ponta ativa do fundo. Na portabilidade de cotas, a solução que nós trouxemos reduziu um processo que levava cerca de um mês para até três dias. Resolvemos com infraestrutura, adequando a melhor prática indicada pela ANBIMA e traduzindo no sistema. Esse foi o ingrediente que usamos.

A RTM é uma empresa que tem como acionistas a ANBIMA e a B3. Como isso se reflete nesse DNA de ouvir o mercado e trazer soluções adequadas com agilidade?

Ambas as empresas vivem e respiram o mercado de capitais, a ANBIMA na autorregulação de fundos e renda fixa e a B3 voltada para ações, renda variável e derivativos. Nesse contexto, a RTM atua como um terceiro neutro de tecnologia que tem a missão de viabilizar o desenvolvimento desses segmentos. Minha visão para a RTM é continuar com esse espírito e oferecer o máximo de retorno em aplicações para atender o mercado.

Qual é sua visão sobre inovação para os próximos anos?

Eu entendo que o conceito de inovação se apoia em dois pilares: excelência operacional e perfeição na execução dos projetos, porque inovação está ligada à sobrevivência do negócio. A história da RTM tem essa inquietude que levou à criação da nuvem privada, à oferta de software como serviço, aos hubs. Neste momento, temos dois temas recorrentes na indústria, que são a inteligência artificial e a tokenização, o blockchain. Embora estejamos mais avançados na questão de tokenização, uma vez que já temos dois produtos na praça, na inteligência artificial também estamos avançando. Temos pelo menos cinco projetos em andamento, seja na área de onboarding de clientes, seja na identificação de características de fundos, para funcionar como um copiloto do ser humano na avaliação do gestor, entre outros. No Hub Fundos, por exemplo, trabalhamos com a ideia de projetar um módulo voltado a cadastros centralizados de participantes da indústria de fundos com ajuda da IA.