Para muitos foi uma eternidade, para outros o tempo terá passado a voar, mas a verdade é que o Estádio do Dragão comemora mais um aniversário este sábado, dia em que passam 21 anos da inauguração do mais belo e triunfante anfiteatro nacional. A 16 de novembro de 2003, quando as bancadas encheram pela primeira vez, nem o mais otimista dos portistas sonharia viver tantas alegrias em tão pouco tempo.
O FC Porto conquistou 34 títulos desde que passou a chamar "casa" aos 89 mil metros cúbicos de betão onde atuaram bandas como os Rolling Stones ou os Coldplay e onde se jogaram finais da Liga dos Campeões ou da Liga das Nações. Ei-los: uma Taça Intercontinental, uma Champions, uma Liga Europa, onze campeonatos, oito Taças de Portugal, onze Supertaças e uma Taça da Liga.
O bis de McCarthy ao Manchester United que abriu caminho rumo a Gelsenkirchen, o golo de Kelvin ao minuto 92, os 5-0 ao Benfica em março último e em novembro de 2010, a goleada ao Villarreal no ano seguinte, os triunfos sobre o Chelsea de Mourinho, o Arsenal de Wenger, o Bayern de Guardiola, a reviravolta no prolongamento frente à Roma… difícil é escolher entre os 504 jogos, 386 vitórias e 1.112 golos marcados.
Derlei marcou o primeiro na noite em que o Barcelona fez debutar um tal Lionel Messi, Maniche abriu a contagem 84 dias depois, Galeno bateu o recorde de precocidade no passado 24 de agosto (aos 18 segundos), Evanilson o mais tardio em maio de 2023 (aos 124 minutos), o quarentão Pepe atingiu o estatuto de goleador mais experiente há onze meses, Fábio Silva já era o mais jovem (17 anos) e Falcao o autor do (único) póquer que afundou o submarino amarelo.
Sérgio Conceição (180) e Helton (159) são o treinador e o jogador com mais presenças, Jackson Martínez (49) mantém intacto o estatuto de grande goleador, ninguém fez mais assistências do que Alex Telles (41) nem sofreu mais vezes do que o Rio Ave (52). Com o pé direito (570), esquerdo (294), de cabeça (223), calcanhar (nove), coxa (oito), peito (quatro), barriga (dois), joelho ou anca, as bancadas já festejaram golos de todas as maneiras e feitios nas balizas Sul (584) e Norte (528).
Apesar de os jogos só terem 90 minutos de tempo regulamentar, já se celebraram remates certeiros em 109 momentos diferentes, sendo o minuto 78 (18 vezes) o preferido dos artilheiros de 40 nacionalidades - a maioria portugueses (247), brasileiros (236), colombianos (142) e argentinos (102) - que já picaram o ponto no reduto azul e branco.
Com uma média de 44.967 espetadores nos nove jogos que acolheu em 2024/25, o Estádio do Dragão recebe cada vez mais e melhor todos os visitantes. E já lá vão 17,7 milhões de pessoas.