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06/21/2024 | Press release | Archived content

Évora vai ter polo de saúde com hospital, escolas e universidade Primeiro-Ministro inaugurou nova fase do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia

O Primeiro-Ministro Luís Montenegro anunciou que o Estado vai disponibilizar um terreno próximo do Hospital Central do Alentejo para a Universidade de Évora construir o seu polo de saúde, durante a inauguração do complexo 3.0 do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora.

Luís Montenegro disse que esta é uma ambição que a Universidade há muito persegue e «uma oportunidade de dinamizar o nosso tecido de conhecimento na área da saúde, de atração de estudantes, porque outro fator de atração de capital humano são as respostas em serviços públicos essenciais», referindo, a saúde, a habitação e a educação.

O Pólo de saúde integrará a Escola Superior de Enfermagem São João de Deus e a Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano com o Hospital Central do Alentejo, com benefícios para a dinâmica da região, para o Hospital e para a Universidade.

Para a região e para o hospital, representará um novo elemento de atratividade e fixação de investigadores e de profissionais de saúde, motivados por melhores condições de trabalho e de desenvolvimento.

Para a Universidade, o terreno de 75 hectares da Quinta da Latoeira, potenciará a criação de novas formações na área da saúde, como um curso de Medicina.

Coesão social e territorial

O Primeiro-Ministro referiu que projetos como o PACT, que juntam autarquias, poderes públicos, instituições de ensino superior, empresas, movimento associativo, comunidade académica, criam uma conjugação única «que permite atingir níveis de coesão social e territorial que criem uma dinâmica que evite o despovoamento e o definhamento socioeconómico das regiões».

«Só podemos enfrentar o fenómeno de deslocalização humana para as regiões mais desenvolvidas, se tivermos economia, se formos competitivos, e, para sermos competitivos, se fizermos melhor que os outros, e, para fazer melhor, se investirmos no conhecimento, na ciência e na inovação, e fizermos isto tudo em relação com as forças da comunidade», disse.

E acrescentou que vê neste projeto «o desígnio, que é nacional, de reter, manter e tirar proveito no nosso talento, dos nossos jovens, dos que temos cá e não queremos ver partir, e dos que somos capazes de atrair do estrangeiro».

Qualificação humana

Luís Montenegro afirmou ainda que «estes projetos de desenvolvimento das instituições de ensino superior, de colaboração ativa com os agentes económicos e com os poderes públicos, são uma das possibilidades de as instituições de ensino superior atraírem estudantes estrangeiros».

«E nós precisamos de uma imigração que qualifique o tecido social português, que colmate as lacunas demográficas de hoje e as que se antecipam para as próximas décadas», disse, acrescentando que «a melhor porta de entrada para termos uma imigração bem-sucedida com bons índices de integração, de acolhimento e de adaptação para gerações futuras, é o ensino superior».

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia tem 64 empresas, com 450 empregos e mais 100 em perspetiva, que realizaram 50 milhões de euros de faturação no ano passado, quase todas trabalhando com tecnologias de ponta de nível europeu e mundial.

Estão instalados também cinco laboratórios colaborativos (FeedInov, Santarém; HyLab Sines;, InnovPlantProtect, Elvas; Bioref, Portalegre, CEIIA, Évora) e as empresas e instituições do parque participam em 26 Agendas Mobilizadoras com 105 milhões de euros de valor contratado.

Na cerimónia, além do Primeiro-Ministro Luís Montenegro, esteve também presente o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.