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08/22/2024 | Press release | Distributed by Public on 08/21/2024 18:07

Da Informação à Ação: Como os Gestores de Dados do PAV com o apoio da OMS estão a co...

Da Informação à Ação: Como os Gestores de Dados do PAV com o apoio da OMS estão a combater as doenças infantis em Moçambique

22 Agosto 2024

Em meio aos desafios enfrentados no combate às doenças infantis em Moçambique, os gestores de dados do Programa Alargado de Vacinação, PAV, com a assistência da OMS desempenham um papel crucial, embora silencioso, na transformação de dados brutos em informação útil para a tomada de decisões informadas no combate a doenças preveníveis por vacinas. Note-se que a taxa de mortalidade infantil em Moçambique é de 39 óbitos de bebés por cada mil nascidos, segundo o último Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2022/2023, e que mostram um declínio significativo quando comparados aos últimos 5 anos onde que a mesma taxa estava na cifra de 60 por 1.000 nados vivos, conforme ilustra o gráfico abaixo

Neide Claúdia da Graça é técnica de medicina preventiva no posto de saúde de Zitundo no distrito de Matutuine em Maputo e encarregue pela gestão de dados. Ela alega que diariamente faz o registo dos pacientes particularmente as crianças que em fase de vacinação, através desses dados são feitas análises e definidas estratégias para melhorar os indicadores da cobertura vacinal da população local.

"Eu faço o registo das grávidas que vem fazer o pré-natal e daquelas que dão entrada com sinais de trabalho de parto. Logo após o parto, administramos a primeira vacina e ficamos com a localização e contacto delaspara fazer o seguimento das vacinas de rotina. Daí, ao final de um ciclo temos o número de crianças vacinadas e não vacinadas, a idade, vacinas em falta e outros dados. No caso de quebra vacinal, investigamos a razões, e que muitas vezes se devem à distância. Quando assim, reportamos ao PAV distrital ou provincial, e imediatamente fazemos brigadas móveis, palestras, mobilização social entre outras estratégias para recuperá-las, isso graças aos dados que colhemos diariamente", disse a técnica Neide.

Neide também conta do caso recente em qua graças aos gráficos de monitoria instituídos no posto de saúde de Zitundo puderam verificar que uma comunidade estava a registar baixas coberturas de vacinação e puderam implementar as estratégias para recuperar as crianças e de tal modo evitar mortes e doenças preveníveis por vacinas.

"Durante a época chuvosa verificamos que não houve evolução da vacinação nos nossos gráficos, ou seja, houve muitos casos de crianças que faltaram as vacinações e muitos delas eram provenientes da comunidade da Gala. Entendemos que o abandono foi causado pelas chuvas intensas e decidimos fazer brigadas moveis e deste modo recuperamos as crianças que tinham vacinas em falta", revelou.

Por sua vez, Edinildo João Ernesto oficial de Monitoria e avaliação do PAV na província de Nampula com mais de 14 anos de serviço fala da sua experiência na gestão de dados para a tomada de decisões informadas e desenho de novas estratégias para alcançar a maior cobertura vacinal e desta forma contribuir a redução dos casos de morbilidade, que é o indice de pessoas mortas em decorrência de uma doença específica dentro de determinado grupo populacional e de mortalidade infantil por doenças preveníeis por vacinas, bem como da importância de capacitações em Melhoria da qualidade de dados da PAV e sua réplica nas unidade sanitárias, que a OMS vem realizando.

"A gestão de dados de vacinação é muito importante para o PAV desde a sua colecta na unidas de sanitária, nas bridadas moveis e noutros fóruns pois permite a tomada de decisões informadas tendo em conta a tendência, cobertura, abstenções de vacinas de cada comunidade ou região, de desenhar estratégias sob a medida dos desafios locais para sanar problemas locais de tal modo a contribuir para a redução da morbimortalidade infantil por doenças preveníeis por vacina, que e o objectivo macro do PAV", diz Edinildo.

Edinildo também revela que para que se saiba fazer o devido uso dos dados de vacinação para a tomada de decisões, é importante que se realizem oficinas de trabalho e formações regulares.

"Antes doda oficina de trabalho, fazíamos análises que se limitavam na cobertura vacinal, nas abstenções, no uso e disponibilidade de vacinas. Entretanto agora ficamos a saber e ter domínio no uso de ferramentas de recolha de dados, análise e interpretação dos mesmos e partilha de experiências e de lições aprendidas para a réplica com os colegas da província".

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