Ministry of Justice and Public Safety of the Federative Republic of Brazil

07/02/2024 | Press release | Distributed by Public on 07/02/2024 09:13

Polícia Federal faz operação em sete estados contra organização criminosa suspeita de movimentar mais de R$ 5,5 bilhões

Brasília, 02/07/2024 - A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (2), a Operação Terra Fértil, que visa descapitalizar patrimonialmente e desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas.

A ação conta com cerca de 280 policiais federais, que cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas. A estimativa é de que o montante dos valores ilegalmente movimentados passa de R$ 5 bilhões em cinco anos.

A ação acontece simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e grande quantidade de indivíduos interligados, alguns deles envolvidos com uma facção criminosa.

Nesta rede, foram identificados um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele, que cometeram diversos crimes e agiam para ocultar e dissimular o patrimônio proveniente deles. O narcotraficante havia sido investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, incluindo remessas para cartéis mexicanos.

Empresas de fachada

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e, por meio dessas empresas, adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. Os sócios geralmente não possuíam vínculos empregatícios e alguns chegaram a receber auxílio emergencial.

Criptomoedas

A PF também descobriu que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

Com informações da Polícia Federal