Luz Saúde SA

05/21/2024 | Press release | Distributed by Public on 05/21/2024 08:02

Unidade da Coluna do HL Arrábida: equipa diferenciada e de referência

Em entrevista, o ortopedista Maia Gonçalves explica como trabalha a Unidade da Coluna do Hospital da Luz Arrábida.

"Tratamos o doente, não a doença", diz o ortopedista Maia Gonçalves, responsável pela Unidade da Coluna no Hospital da Luz Arrábida. Numa entrevista em que revela como trabalha a equipa dedicada a esta patologia no maior hospital da Luz Saúde a norte, o especialista explica a importância da experiência e da diferenciação clínica para o sucesso do diagnóstico e do tratamento das doenças da coluna.

"Somos uma unidade de referência, fomos pioneiros em procedimentos que hoje são o 'golden standard' nesta área e contamos com uma equipa multidisciplinar que visa sempre o melhor resultado para o doente", afirma.

A patologia da coluna vertebral é uma das causas mais frequentes de absentismo laboral nos mais jovens e de deterioração da qualidade de vida nos mais velhos. E o Hospital da Luz Arrábida conta com os melhores recursos profissionais e tecnológicos e com uma equipa de especialistas experiente nas várias valências que integram o diagnóstico e o tratamento de toda a patologia da coluna - sendo os doentes estudados e tratados por uma equipa multidisciplinar, empenhada em procurar a melhor solução para os seus problemas.

É por isso que Maia Gonçalves não perde a oportunidade de deixar aqui uma mensagem: "Não desvalorizem as queixas. Procurem cuidados diferenciados. E não recorram ao dr. Google nem aos amigos para tratar problemas que podem ser sérios. É importante, nas dores raquidianas, nas dores ciáticas e perante outros sintomas da coluna, procurar cuidados diferenciados e unidades de referência. A nossa Unidade da Coluna no HL Arrábida tem os recursos profissionais adequados, experientes e dedicados, e dispõe de tecnológicos de última geração".

Como saber qual o especialista que devemos escolher, perante sintomas na coluna?

As equipas de ortopedia nos hospitais, em regra, estão organizadas por 'partes do corpo', sendo relativamente fácil para os doentes identificarem, perante um determinado sintoma, qual o especialista nesta área a que devem recorrer. Isso corresponde a uma crescente subespecialização dos ortopedistas em cada área, que lhes permite ganhar mais experiência e maior capacidade de diagnóstico e tratamento. O mesmo acontece com a patologia da coluna, que também é hoje uma subespecialidade da ortopedia. Mas é igualmente uma subespecialidade da neurocirurgia.

Ora, é importante que fique claro o seguinte: ortopedistas e neurocirurgiões dedicados à patologia da coluna fazem todos o mesmo. Somos todos cirurgiões da coluna, apesar de virmos de especialidades diferentes, e tratamos os doentes da mesma forma.

Quanto à escolha, deve recair sobre centros de referência, unidades como a nossa Unidade da Coluna (do Hospital da Luz Arrábida), onde o objetivo é obter os melhores resultados para cada doente em função da sua condição especifica, através de um trabalho de equipa multidisciplinar que tem ao seu dispor a melhor tecnologia.

Como nasceu a Unidade da Coluna do Hospital da Luz Arrábida?

O Hospital da Luz Arrábida tem, felizmente, capacidade de captar doentes altamente complexos, em termos de tratamento. E, perante o crescente número de casos que estávamos a receber, sentimos necessidade de criar uma organização clínica interna mais ágil, que favorecesse as sinergias entre os 4 especialistas que temos dedicados a esta área, e que, em simultâneo, facilitasse também a relação com as outras áreas que são essenciais ao diagnóstico e ao acompanhamento de doentes com patologia da coluna.

Sempre com o propósito de oferecer o melhor serviço aos nossos doentes, demos o passo para criar a Unidade da Coluna e aqui estamos. Somos uma equipa de cirurgiões da coluna, fisiatras, terapeutas, especialistas em tratamento da dor, radiologistas, e tantos outros. Queremos oferecer ao doente, para a sua patologia, para o seu diagnóstico e para o seu problema, uma rede de cuidados que permitam obter o melhor resultado.

Chegar à Unidade da Coluna do HLA: como fazer?

Há sintomas indicadores de que se deve procurar um especialista de coluna: dores lombares ou cervicais, dores de costas que sejam refratárias a tratamento e persistente; lombalgias; dores ciáticas, quando irradiadas pelas pernas ou braços e quando associadas a falta de força e formigueiro… Estes são os principais motivos por que os doentes nos procuram. Temos muita referenciação dos colegas de Medicina Geral e Familiar e dos serviços de Urgência.

É claro que nem todas estas situações mais comuns precisam de uma intervenção permanente da Unidade da Coluna. E muita da patologia de coluna que recebemos não exige tratamento cirúrgico, mas é a nós que cabe essa orientação, com o intuito depois de obter a melhoria do doente.

Que exames são habitualmente feitos para diagnóstico da patologia da coluna?

A Consulta da Coluna tem sempre necessidade de recurso a exames diferenciados. Além do exame físico e da inquirição sobre a história do doente, devemos realizar exames mais diferenciados, sempre que haja necessidade de um diagnóstico mais preciso. TAC, ressonância magnética de última geração são os exames que dão mais segurança e qualidade ao diagnóstico da patologia da coluna. Isto além do clássico raio-x.

Tecnologia de última geração, como a que temos no HL Arrábida, e que nos oferece uma imagem morfológica da coluna, uma definição da estrutura da coluna quase perfeita, é aquilo que nos vai permitir fazer o diagnóstico e determinar a orientação terapêutica para cada caso clínico. E aqui é absolutamente essencial a qualidade do exame e da imagem que obtemos.

Na Unidade da Coluna do HL Arrábida temos à nossa disposição esse tipo de equipamento de ponta, além de trabalharmos de perto com a equipa da radiologia do HL Arrábida, com quem conseguimos respostas muito rápidas para os nossos doentes.

A cirurgia é sempre o tratamento da patologia da coluna?

A cirurgia é um tratamento útil e importante, mas tem indicações precisas. Ou seja, há diagnósticos, há doenças da coluna em que o tratamento é objetivamente cirúrgico. Mas há muitas outras, e muito mais frequentes, em que não é.

A cirurgia visa sempre tratar um problema. Mas noutros casos, a cirurgia não resolve. Daí a importância dos exames minuciosos, de uma avaliação cuidada, para que o resultado para o nosso doente seja o melhor. Nós não tratamos a doença, tratamos o doente.

Por que razão os doentes têm tanto medo de ser operados à coluna?

É um mito urbano! É claro que estamos a falar de estruturas delicadas e de cirurgias que exigem grande precisão. Mas posso garantir que são muito seguras. E é importante frisar isto: o resultado da cirurgia é a boa indicação! Teremos sempre bons resultados, se a indicação para a cirurgia for a correta.

Por outro lado, neste resultado, a decisão sobre a técnica cirúrgica a adotar no tratamento é também fundamental. E nisto joga-se algo muito importante: a diferenciação da equipa, o facto de esta equipa trabalhar no contexto de uma Unidade da Coluna e esta Unidade estar integrada num ambiente hospitalar, que tem todas as valências médicas e cirúrgicas.

Ora, é isso que temos, mais uma vez insisto, no Hospital da Luz Arrábida: uma Unidade onde a equipa, por trabalhar em conjunto, consegue ter escala, experiência e patologia suficiente para obter os melhores resultados e as menores taxas de complicações.

A cirurgia minimamente invasiva é a técnica de tratamento mais comum da patologia da coluna?

É o tratamento mais comum, quando a indicação é cirúrgica, em patologias com as hérnias discais ou dos canais estreitos, por exemplo. Falamos, aliás, de patologias muito comuns na população portuguesa. E posso dizer que mais de 90% das cirurgias que faço são minimamente invasivas.

Quem integra a equipa da Unidade da Coluna do HL Arrábida?

Além dos 4 cirurgiões da coluna, trabalhamos em equipa multidisciplinar com interlocutores preferenciais de cada uma das áreas envolvidas no tratamento desta patologia. Conseguimos respostas rápidas para os nossos doentes, em todas as etapas da sua jornada diagnóstica e terapêutica. E tomamos decisões em colégio multidisciplinar.

Em que se destaca a Unidade da Coluna do HLA, em termos de complexidade e diferenciação?

Há duas áreas em que a nossa Unidade se tem destacado.

  • Por um lado, a cirurgia minimamente invasiva: somos pioneiros na cirurgia endoscópica da coluna; fomos pioneiros num conjunto de outras técnicas minimamente invasivas que hoje são comuns; e fazemos cirurgia com recurso a meios tecnológicos muito avançados, com microscópios topo de gama, para cirurgias navegadas, que também são também altamente diferenciadas.
  • Por outro, na cirurgia de grande escala, nos desvios axiais, nas escolioses, nas cifoses, nas patologias mais severas, temos também já uma larga experiência e já somos uma referência clínica há vários anos.

CASOS DE SUCESSO

Tive um doente - era CEO de uma empresa alemã, altamente diferenciado - que veio à nossa Unidade para fazer uma cirurgia cervical minimamente invasiva. Foi operado de manhã e, à tarde, quando fui vê-lo ao quarto, ele estava sentado ao computador. Perguntei-lhe como se sentia. E ele disse-me que estava a comprar uma empresa! Sei que, logo a seguir, saiu do hospital e foi direto de avião, nesse mesmo dia, porque ainda precisava de assinar os papéis dessa aquisição.

Outra doente que me marcou foi o da D. Deolinda, que tinha uma patologia muito grave da coluna. Era uma mulher nova, com 60 anos, mas vivia curvada. A deformação da sua coluna era tão intensa que a impedia de andar e de ter uma vida minimamente normal.

A D. Deolinda foi submetida a uma cirurgia altamente complexa, que envolveu procedimentos como cortes ósseos para alinhamento da coluna, e que teve um resultado muito gratificante. Uns dias depois de ser operada, já andava pelo corredor do hospital, direita. E mais tarde passou a ter a sua vida normal, muito diferente daquela que tinha antes de vir ter connosco.

São dois exemplos que me marcaram, de dois extremos da patologia da coluna: um de uma cirurgia mais simples, pelo regresso muito rápido à atividade e à vida do dia-a-dia; e a outra muito complexa e com um resultado altamente compensador no ganho de mobilidade e de qualidade de vida.