Governo do Estado do Pará

06/25/2024 | Press release | Distributed by Public on 06/25/2024 17:20

Biotecnologia e sustentabilidade deram o tom do 1ª dia da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, da Sectet

TRABALHO, EMPREGO E RENDA

Biotecnologia e sustentabilidade deram o tom do 1ª dia da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, da Sectet

Por Raiana Coelho (SECTET)
25/06/2024 19h52

Nesta terça-feira (25), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (SECTET) deu início a 6ª Semana Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento, realizada no auditório da Escola de Ensino Técnico Anísio Teixeira, em Belém. O evento, que se estenderá até o dia 27 de junho, reúne participantes em debates e rodas de conversa, incluindo representantes da sociedade civil, da comunidade acadêmica e do setor público.

O objetivo principal da programação é promover diálogos acerca de políticas públicas voltadas para ciência e tecnologia, além de valorizar e fortalecer iniciativas já existentes nas Escolas de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA).

A cerimônia de abertura contou com a palestra magna da Profa. Dra. Regina Oliveira da Silva, Pesquisadora Titular III no Museu Goeldi, cujo tema foi "Conceitos e Soluções em Tecnologia Social Desenvolvidas Pelo Museu Goeldi no Estado do Pará". Em sua apresentação, a pesquisadora enfatizou a importância de integrar pesquisa, conhecimento e inovação tecnológica para enfrentar desafios sociais, destacando a relevância do papel da instituição federal na conservação da Amazônia.

"O Emilio Goeldi é uma instituição comprometida não apenas com o avanço científico, mas também com a transformação social. Precisamos buscar soluções baseadas em tecnologia social para garantir o acesso da sociedade a serviços essenciais. Nosso debate acadêmico e científico visa melhorar a inclusão social, algo fundamental para nossa região. A tecnologia é essencial para combater a fome, proteger o meio ambiente, promover o desenvolvimento econômico e facilitar o acesso à educação", afirmou a pesquisadora.

Aiua Reis, Secretário adjunto da SECTET, destacou a importância de aplicar o conhecimento, a inovação e a tecnologia no cotidiano da comunidade. "Queremos que a tecnologia social seja implementada em nossas escolas e chegue aos nossos alunos. Os saberes tradicionais são fundamentais na Amazônia e devem ser integrados à inovação e à tecnologia para beneficiar nossa sociedade. Nossas escolas técnicas recebem todo o suporte necessário para criar projetos de ciência e tecnologia que tragam resultados tangíveis", enfatizou Reis.

Representantes de instituições acadêmicas e de pesquisa na região amazônica também participaram do evento, enfatizando a necessidade urgente de investimentos em pesquisas estratégicas para ciência e tecnologia. Universidades como a Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi foram unânimes ao destacar a importância do apoio governamental, através da SECTET, para valorizar os pesquisadores locais e transformar a realidade da comunidade amazônica.

Jofre Jacob da Silva Freitas, Pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UEPA, reafirmou a participação da universidade na atuação junto a Secretaria de Ciência e Tecnologia no fortalecimento das pesquisas cientificas que tragam a inovação e transformação social.

"É muito importante para nós da universidade estarmos aqui, porque tem que se discutir a ciência e a tecnologia e o papel delas nas nossas vidas. Nós temos que pensar que essa ciência e tecnologia precisa chegar a todos. Nosso estado e a Região Amazônica tem um número ainda pequeno de pesquisadores e doutores. E a Universidade do Estado do Pará tem feito um trabalho muito grande nesse sentido de termos mais pós-graduações. Em nível de mestrado e doutorado nós somos a segunda maior universidade da região. Sabemos a importância de formar mentes qualificadas para fazer ciência neste estado, onde ela não chega a todos os municípios. A Sectet, em parceria com as universidades e institutos de pesquisa como o Museu Emílio Goeldi, trabalha de forma integrada para gerar soluções para que essa ciência e tecnologia cresça na região amazônica e chegue a todos" diz Jofre.

Os alunos do primeiro ano do curso de Marketing e de Rede de computadores da escola técnica Anísio Teixeira estiveram presentes na plenária e puderam acompanhar as apresentações.

"Participar da 6ª Semana de Ciência e Tecnologia da SECTET foi uma experiência transformadora. Além de ampliar meus conhecimentos, tive a oportunidade de interagir com pesquisadores e profissionais renomados, o que me inspirou a seguir carreira na área científica. Eventos como este são fundamentais para despertar o interesse dos jovens pela ciência e tecnologia, além de fomentar o desenvolvimento de novas ideias e projetos inovadores" diz Louise Gomes, aluna do curso de Marketing.

Para o Aluno Arley Ferreira, é um momento único dentro da EETEPA. "Eu estou no primeiro ano do curso de Rede de computadores e entendi que a Tecnologia ela não é estática. Podemos usar para beneficiar as comunidades ribeirinhas, pessoas que não tem acesso a informação mas que de alguma maneira usam a sabedoria e tecnologia para mudar seu contexto social" ressalta.

As EETEPAs e a educação ambiental -

No período da tarde, as discussões ocorreram a partir dos projetos que são realizados nas escolas técnicas. A primeira apresentação se deu através da Professora Dra. Kátia Garcez, trazendo a experiência do projeto "Incubadora de produtos e serviços da Bioeconomia amazônica" que é desenvolvido dentro da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA) Vilhena Alves, localizada no bairro de São Brás, em Belém.

Na Incubadora são desenvolvidos projetos voltados para bioeconomia e sustentabilidade. Um dos carros chefe é o produto BiofertAçaí que tem a finalidade de destinar, de forma adequada, os resíduos do açaí, auxiliando para uma agricultura de baixo carbono.

"Precisamos abordar de maneira sustentável os resíduos remanescentes do açaí. Os estudantes da nossa incubadora propuseram utilizar tecnologia para transformar o que seria considerado lixo em um processo que pode beneficiar toda uma cadeia. Desde o descarte até a fermentação dos caroços para produzir biofertilizante, esse projeto visa criar empregos, gerar renda e promover avanços científicos e tecnológicos para a sociedade em geral. É importante destacar que o Pará é o maior produtor de açaí no Brasil. Estamos alinhados com 12 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU como parte da agenda global.O Encontro da Cúpula das nações (COP30) trará toda essa visibilidade e temos muito a mostrar sobre o baixo carbono, que é uma politica de agricultura sustentável. Nossa meta é poder expandir esse conhecimento e trazer empregabilidade para os alunos das eetepas" ressaltou Kátia.

Outro projeto que foi apresentado na palestra vem da EETEPA Francisco das Chagas de Azevedo (Cacau), localizada no distritos de Icoaraci, onde o "ECOVIA", um aplicativo que facilita a coleta de materiais recicláveis, incentivando práticas sustentáveis na comunidade.

"A ideia é que a comunidade use o aplicativo ECOVIA para que as pessoas possam localizar os pontos de reciclagem e de descarte de resíduos, através do mapa que é usado no google e a eetepaser um ponto de referência para reciclagem. O usuário consegue saber aonde e que horas descartar os papelões, vidros e resíduos apenas usando o aplicativo. Tudo desenvolvido por nossos alunos da EETEPA Cacau" falou o professor e coordenador do projeto, Alexandre Reis.

O evento encerrou com a interação da plateia, que contribuiu com perguntas acerca dos temas debatidos ao longo do dia

Serviço - 6ª Semana Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento. Acompanhe a transmissão ao vivo via youtube.

Texto: Carla Couto / Ascom Sectet_