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03/29/2023 | Press release | Distributed by Public on 03/29/2023 15:18

Ministério da Saúde envia medicamentos para população afetada pelas enchentes no Acre

Notícias

APOIO EMERGENCIAL

Ministério da Saúde envia medicamentos para população afetada pelas enchentes no Acre

Pasta articula ações de suporte em operação interministerial. Equipes de apoio também foram enviadas ao estado
Publicado em29/03/2023 17h50Atualizado em29/03/2023 18h08

Foto: Pedro Devani/SECOM

O Ministério da Saúde destinou equipes de apoio e kits de medicamentos para atender a situação de emergência em Rio Branco, no Acre, após a capital do estado ser atingida por fortes chuvas nos últimos dias e sofrer estragos causados por enxurradas e enchentes. Os kits com 32 tipos de medicamentos são suficientes para o atendimento de até 500 pessoas por três meses. Além dos insumos, técnicos da pasta chegam nesta quinta-feira (30) ao estado para prestar apoio à população afetada pela chuva.

Com a alto índice de precipitação, o nível do Rio Acre subiu mais de sete metros e deixou centenas de famílias desabrigadas ou desalojadas, e outras regiões além da capital, como Epitaciolândia, Assis Brasil e Brasiléia, também sofrem com os danos causados pelas enchentes.

Para atender a situação, o Ministério da Saúde destinou equipes da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), com visita de técnicos do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos riscos associado aos Desastres (Vigidesastres) e do Diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Marcio Henrique de Oliveira Garcia.

O kit de medicamentos e insumos é voltado para atender tanto à população atingida por desastres naturais quanto às Unidades de Saúde que perderam seus medicamentos e insumos, ou que tiveram sua estrutura afetada por desastres naturais.

Os insumos incluem, por exemplo, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas, além de hipoclorito de sódio (solução 2,5%), que pode ser usado para tratar a água para consumo humano. A relação de medicamento permite o atendimento das pessoas atingidas com agravos agudos e crônicos.

Os kits contam, também, com medicamentos da Atenção Básica, antibióticos e antiinflamatórios que podem ser utilizados nas situações secundárias acarretadas pelo alagamento, como doenças respiratórias ou doenças transmitidas por vetores.

Além do Ministério da Saúde, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) também atua na região, com equipes da Defesa Civil Nacional que vão auxiliar na realização dos planos de trabalho para a solicitação de recursos federais para assistências humanitária, restabelecimento de vias públicas, pontes e até mesmo reconstrução das casas das pessoas atingidas pelo desastre.

O MIDR reconheceu, no último sábado (25), a situação de emergência em Rio Branco, o que permite que os municípios solicitem recursos da pasta para ações que envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada.

No domingo, uma comitiva integrada pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, visitou a região. Marina Silva, que é acreana, destacou a importância do trabalho realizado pela Defesa Civil Nacional e garantiu os esforços do Governo Federal na prestação rápida de ajuda às pessoas atingidas.

Como se prevenir das principais doenças causadas pelas inundações:

Tétano acidental

Um dos grandes riscos e agravos de inundações é o tétano acidental. A melhor forma de prevenção é por meio de vacinação, aplicada em três doses e com reforço a cada cinco ou dez anos. O soro antitetânico, em algumas situações, é indicado para prevenção e tratamento.

Para evitar contaminação, proteja mãos, braços, pés e pernas com luvas e botas ao manusear entulhos. A contaminação geralmente acontece por ferimento na pele ou mucosa.

Leptospirose

A transmissão da leptospirose acontece em contato com água ou lama contaminada com a urina de animais infectados, principalmente ratos. No período chuvoso, quando os rios, córregos e a rede de esgoto podem transbordar, esse risco aumenta, pois a água invade tocas de ratos e chega contaminada às residências, podendo contaminar o ser humano.

Evite também que as crianças nadem ou brinquem em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos e lave bem as roupas que entraram em contato com água contaminada, se possível, ferva-as.

Doenças respiratórias

No caso de doenças respiratórias transmitidas de uma pessoa para outra pela saliva e pelas secreções respiratórias contaminadas durante a tosse ou o espirro, como meningite, gripe, tuberculose e difteria. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas e mesmo assim serem portadoras e capazes de transmitir tais doenças.

A convivência com outras pessoas em abrigos e alojamentos favorece a disseminação dessas doenças, a melhor forma de prevenção é manter os espaços arejados e ter cuidado com a higiene pessoal, com inventivo a lavagem das mãos. Em caso de sintomas de febre, por exemplo, a recomendação é buscar a assistência da saúde.

Água contaminada

Outro risco em casos de enchentes é consumo de água contaminada que pode conter grande quantidade de microrganismos causadores de doenças como cólera, febre tifóide, hepatite tipo A, leptospirose, giardíase, amebíase, gastroenterites, diarreicas e esquistossomose.

As principais medidas para evitar estas doenças é tomar água tratada, da rede de abastecimento, limpar a caixa-d'água a cada seis meses, preparar os alimentos com água própria para consumo humano, lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, e após usar o banheiro.

O que fazer se a sua casa ou rua foram inundados?

Caso observe um princípio de deslizamento, avise imediatamente à Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, bem como ao máximo de pessoas que residam na área do deslizamento. Evite o contato com a água e a lama das enchentes, pois elas podem estar contaminadas, e caso não seja possível evitá-las, não fique muito tempo em contato com a água das enchentes. Proteja as mãos e os pés com luvas e botas e, caso não os tenha, use sacos plásticos duplos.

Por último, em caso de acidente com animal peçonhento (serpente, escorpião ou aranha, por exemplo), mantenha a pessoa calma e procure atendimento médico o mais rápido possível. Não faça torniquete e nem aplique substâncias no local da picada.

Edis Henrique Peres
Ministério da Saúde