Ministry of Defence of República Federativa do Brasil

08/03/2024 | Press release | Distributed by Public on 08/03/2024 06:27

Até julho de 2024, exportações de produtos de defesa somaram R$ 8,4 bilhões superando o total do ano passado


Brasília (DF), 30/7/2024
- Em apenas sete meses, as autorizações para exportações de produtos de defesa brasileiros superaram o total de 2023. Até julho de 2024, as operações autorizadas somam R$ 8,4 bilhões (US$ 1,47 bilhão) em vendas para o exterior, enquanto que, em 2023, o valor chegou a US$ 1,45 bilhão. O dado parcial de 2024 já representa o segundo melhor resultado na série histórica de 2013-2024.

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Entre os itens mais exportados estão componentes e aeronaves, como o KC-390 e o A-29 Super Tucano, que foram um sucesso de vendas no período. Somente este ano, aproximadamente 500 milhões de dólares foram arrecadados com exportações, sendo os Estados Unidos, Dinamarca, Hungria e Portugal os principais importadores, com investimentos acima de 100 milhões de dólares cada.

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Para o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, as exportações servem como um multiplicador de benefícios para a indústria brasileira, movimentando a economia e gerando empregos. "As empresas de defesa são responsáveis por uma fatia considerável das exportações do país e conseguem gerar uma quantidade significativa de empregos. Para o Brasil, dentro da balança comercial, fomentar a cultura de exportação dos nossos produtos de defesa é extremamente relevante", declarou.

A Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), órgão da Defesa responsável por promover os produtos de defesa nacionais, trabalha para inserir empresas brasileiras no mercado internacional. A atividade ocorre por meio de promoção comercial, coordenação de diálogos entre indústrias de defesa, visitas técnicas à Base Industrial de Defesa (BID), reuniões bilaterais e participação em feiras nacionais e internacionais. O Secretário da Seprod, Heraldo Luiz Rodrigues, comentou sobre o incremento das exportações: "Entre os principais itens exportados estão aeronaves de combate e de transporte militar, que possuem grande valor agregado e tecnologia de ponta. As exportações estimulam a cooperação e integração no âmbito internacional, atraem investimentos externos e retêm talentos no país. Os números indicam desenvolvimento econômico, aumento da competitividade e fortalecimento da Base Industrial de Defesa", afirmou.

Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Roberto Gallo, o êxito é resultado de uma ação estratégica conjunta de cerca de uma década. "O que estamos vendendo hoje é fruto de um produto de defesa estratégico que já está em uso há, pelo menos, uma década, pois os produtos precisam ser testados. Ele vem de uma construção, de uma visão estratégica de longo prazo do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, por meio da Seprod, coordenando as atividades para chegar a esse êxito, inclusive com interação com o Ministério de Relações Exteriores. Isso abre uma porta para que o Brasil volte a se tornar um dos maiores exportadores de sistemas de defesa do mundo", declarou.

A Base Industrial de Defesa (BID)é composta por um conjunto de empresas, tanto estatais quanto privadas, envolvidas em várias etapas, incluindo pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa. Esses produtos, que podem ser bens ou serviços, desempenham um papel crucial na realização dos objetivos de segurança e defesa do país.

Atualmente, o Ministério da Defesa tem um cadastro de 235 empresas que fazem parte da BID. O portfólio brasileiro é diversificado e inclui cerca de 1.700 produtos, entre eles aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos. Todos esses itens são de alta tecnologia e contribuem significativamente para a defesa e segurança do país.

SEPROD - A Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod/MD) foi criada por meio do Decreto nº 7.364/2010, como previsão da Estratégia Nacional de Defesa de 2008, que preconizava a reorganização da Base Industrial de Defesa (BID), para assegurar o atendimento às necessidades de equipamento das Forças Armadas (FA) apoiado em tecnologias sob domínio nacional, preferencialmente as de emprego dual.

Por Mariana Vicara
Fotos: Sgt Batista/ FAB

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