UNICA - Brazilian Sugarcane Industry Association

07/11/2024 | Press release | Distributed by Public on 07/11/2024 13:42

Clima seco favorece colheita na segunda quinzena de junho

Clima seco favorece colheita na segunda quinzena de junho

11 de julho de 2024

Na segunda quinzena de junho, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 48,80 milhões de toneladas ante a 43,19 milhões da safra 2023/2024 - o que representa um aumento de 12,99%. No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de julho, a moagem atingiu 238,40 milhões de toneladas, ante 210,48 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2023/2024 - um avanço de 13,27%.

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, explica que "o avanço de moagem registrado até o momento está relacionado à antecipação de início das operações nos primeiros meses da safra e, especialmente, à condição climática que tem favorecido a colheita no atual ciclo". A moagem mais acelerada pode resultar em antecipação da colheita, com risco de intensificar o impacto do clima seco no rendimento da lavoura em algumas áreas, conclui o executivo.

Ao término da segunda metade de junho, 256 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 238 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e nove usinas flex.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de junho atingiu 139,96 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 133,10 kg por tonelada na safra 2023/2024 - variação positiva de 5,16%. No acumulado da safra, o indicador marca 128,31 kg de ATR, o mesmo índice registrado no ciclo anterior em igual posição.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de junho totalizou 3,25 milhões de toneladas, registrando aumento de 20,11% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (2,70 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de julho, a fabricação do adoçante totalizou 14,20 milhões de toneladas, contra 12,27 milhões de toneladas do ciclo anterior (+15,70%).

Com efeito, 49,89% da matéria-prima disponível foi direcionada para a produção de açúcar na última quinzena, ante 49,36% observados no mesmo período da safra 2023/2024.

Ainda em relação à produção de açúcar, Rodrigues esclarece que "até o momento o crescimento da fabricação do adoçante atingiu 1,93 milhões de toneladas, sendo 1,63 milhões decorrente do avanço na moagem de cana-de-açúcar e apenas 300 mil toneladas associada à mudança no mix de produção das unidades produtoras".

Na segunda metade de junho, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,31 bilhões de litros, sendo 1,42 bilhão de litros (+32,84%) de etanol hidratado e 887,96 milhões de litros (+1,06%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de julho, a fabricação do biocombustível totalizou 11,02 bilhões de litros (+13,52%), sendo 7,06 bilhões de etanol hidratado (+27,27%) e 3,96 bilhões de anidro (-4,83%).

Do total de etanol obtido na segunda quinzena de junho, 13% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 299,58 milhões de litros neste ano, contra 244,16 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 - aumento de 22,70%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 1,80 bilhão de litros - avanço de 25,94% na comparação com igual período do ano passado.

Vendas de etanol

No mês de junho, as vendas de etanol totalizaram 2,84 bilhões de litros, o que representa uma variação positiva de 10,95% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024. Trajetórias distintas foram registradas entre o hidratado e anidro: o primeiro, registrou crescimento de 27,84% (1,81 bilhão de litros) e, o segundo, queda de 10,02% no volume comercializado (1,03 bilhão de litros).

No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 1,77 bilhão de litros em junho deste ano, o que representa um aumento de 33,95% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda mensal de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 978,52 milhões de litros, retração de 10,10%.

Apesar do crescimento das vendas na segunda metade de junho, o etanol hidratado segue competitivo nas bombas em grande parte do território nacional. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a relação de preços entre o hidratado e a gasolina na última semana de junho atingiu paridade de 65,3% e um diferencial absoluto de preços de R$ 2,03 por litro na média do mercado brasileiro.

No acumulado desde o início da safra até 1º de julho, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 8,65 bilhões de litros, registrando crescimento de 22,13%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 5,67 bilhões de litros (+42,99%), enquanto o de anidro alcançou 2,98 bilhão de litros (-4,36%).