Futebol Clube do Porto - Futebol SAD

09/28/2024 | Press release | Distributed by Public on 09/27/2024 17:04

131 anos de um livro de honra de vitórias sem igual

A 28 de setembro de 1893, quando o Diário Ilustrado noticiou a fundação de um clube chamado Foot-Ball Club do Porto, a instituição em causa pouco passava de um grupo de amigos reunidos para jogar futebol. 131 anos depois, o FC Porto é um gigante desportivo mundial, detentor de sete troféus internacionais na modalidade mais popular do planeta.

"Fundou-se no Porto um club denominado Foot-Ball Club do Porto, o qual vem preencher a falta que havia no norte do paiz de uma associação para os jogadores d'aquella especialidade", podia ler-se na terceira página daquele jornal. A iniciativa partira de António Nicolau d'Almeida, jovem comerciante de vinho do Porto - símbolo maior da cidade desde o século XVII -, e envolvera a fina flor da burguesia estrangeira e estrangeirada portuense.

Nos primeiros meses de vida da instituição realizaram-se vários treinos e jogos entre os sócios e, a 2 de março de 1894, os futuros Dragões disputaram frente ao Club Lisbonense a Taça D. Carlos I, perante o próprio monarca e a rainha D. Amélia. Apesar do aparente vigor do FC Porto desde a origem - de que são testemunhos o primeiro regulamento, de 1893, e a realização de pelo menos uma Assembleia Geral -, a verdade é que cedo o clube entrou numa fase de letargia que duraria 12 anos.

Em 1906, José Monteiro da Costa e o Grupo do Destino relançaram-no e este cresceu de forma rápida e sustentada durante as décadas que se seguiram. Em poucos anos, o FC Porto foi dotado de estatutos, instalações e símbolos, revelando capacidade para suscitar o interesse de um número significativo de associados. E deixou de ser apenas um clube de futebol: nesta segunda vida, o FC Porto promoveu a prática do ténis, do atletismo e da natação, entre outros desportos.

Enquanto o futebol português dava os primeiros passos no sentido da institucionalização e da organização de competições oficiais, o FC Porto afirmou-se como o principal emblema da cidade e um dos maiores do país. O Campeonato Regional do Porto, disputado a partir de 1913, foi conquistado pelos azuis e brancos 30 vezes (em 34 possíveis). Viriam ainda a vencer as primeiras edições do Campeonato de Portugal, em 1922, e da Liga Portuguesa, em 1935. Se tomarmos em consideração estas duas provas, são sete os títulos nacionais conquistados entre 1922 e 1940.

A todo o gás a partir da década de 1940, cedo se percebeu que o acanhado Campo da Constituição, em funcionamento desde 1913, era pequeno demais para corresponder à afluência de tantos portistas. Por isso, em 1952, foi inaugurado o Estádio das Antas, construído graças à mobilização e ao apoio altruísta de milhares de associados e adeptos.

Ao nível desportivo, contudo, estes foram anos difíceis, pontualmente abrilhantados por conquistas heroicas inesquecíveis. Foi assim em 1956, quando o brasileiro Dorival Yustrich conduziu a equipa de futebol à primeira dobradinha, e em 1959, quando Béla Guttman conseguiu vencer o campeonato manchado pela arbitragem de Inocêncio Calabote. Mas não há como fugir: este é um tempo marcado por dois longos jejuns de títulos nacionais (1940-1956 e 1959-1978), que não podem ser dissociados de uma conjuntura política bem mais favorável aos clubes de Lisboa.

Tudo mudou a partir de 1978, quando a conquista do campeonato nacional, após 19 de anos de seca, correspondeu ao 25 de abril do futebol português. Na verdade, a grande transformação começou dois anos antes, em 1976, quando Jorge Nuno Pinto da Costa se tornou chefe do departamento de futebol e fez regressar José Maria Pedroto. A partir daí, o clube modernizou-se, posicionou-se na vanguarda do futebol e tornou-se uma referência internacional.