10/29/2024 | Press release | Distributed by Public on 10/29/2024 11:51
Duas iniciativas buscam reduzir o desmatamento e conservar a biodiversidade
Cali, COLÔMBIA - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil anunciaram dois acordos durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, COP16, para promover a bioeconomia e apoiar as comunidades na construção de novas atividades comerciais baseadas na natureza na Amazônia, no contexto do programa Amazônia Sempre do BID.
A primeira iniciativa conjunta, em parceria com a WWF e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), apoiará o desenvolvimento e implementação do "ARPA Comunidades", uma das mais importantes iniciativas em bioeconomia e conservação da biodiversidade na Bacia Amazônica.
Como parte da parceria, o BID ajudará no desenho de mecanismos inovadores para apoiar as comunidades locais na construção de novas atividades comerciais baseadas na natureza centradas em produtos florestais que não sejam madeira, gestão sustentável e sistemas de silvicultura que, por sua vez, ao mesmo tempo conservam a floresta e oferecem alternativas econômicas para as pessoas que vivem e trabalham em áreas que são parte do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA).
O "ARPA Comunidades" faz uso da experiência muito bem-sucedida do ARPA, considerado a maior iniciativa de proteção da floresta tropical do mundo. Criado em 2002 para apoiar a consolidação de 60 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia, inclui 120 unidades de conservação para proteção total e uso sustentável. O projeto receberá US$ 1 milhão em recursos financeiros.
A segunda cooperação tem o objetivo da apoiar o Ministério na implementação da Estratégia Nacional de Bioeconomia, um componente fundamental dos esforços do Brasil para promover o desenvolvimento econômico sustentável e, ao mesmo tempo, combater o desmatamento, particularmente na região da Amazônia.
O projeto desenvolverá um sistema inteligente para organizar e promover dados científicos e informações sobre produtos e processos da bioeconomia, além de apoiar a implementação da Política de Pagamento por Serviços Ambientais, bem como promover soluções políticas e financeiras para apoiar bionegócios. Esta cooperação também receberá US$ 1 milhão. Ambos projetos serão financiados pelo Fundo de Bioeconomia da Amazônia, do Fundo Verde para o Clima (GCF, por sua sigla em inglês).
"Estamos muito satisfeitos com esta parceria que vai apoiar a estruturação do Plano Nacional de Bioecnomia e a regulamentação da nossa agenda de pagamentos por serviços ambientais, ambos intrumentos muito importantes da transformação ecológica," disse Carina Pimenta, Secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
"O uso sustentável da biodiversidade é a única maneira de produzir um futuro mais próspero e resiliente", disse Bonilla. "A Amazônia desempenha um papel fundamental no equilíbrio mundial e é uma prioridade para o BID. Criar alternativas econômicas sustentáveis para os moradores da região é um passo fundamental para conservar a floresta", acrescentou.
América Latina e o Caribe na COP16
Os países das América Latina e o Caribe são uma potência em natureza e parte fundamental da solução para a perda de biodiversidade. Em seus três pavilhões, o BID está organizando mais de 50 eventos com líderes e especialistas da região para mostrar iniciativas sobre natureza e biodiversidade, e abordagens inovadoras de investimentos positivos para o meio ambiente destinados a restaurar e conservar a biodiversidade. Os jornalistas que estejam cobrindo a COP16 em Cali podem visitar os pavilhões sem a necessidade de registro prévio. Consulte a programação completa aqui.
Encontre-nos em nossos pavilhões na Zona Azul:
Amazonia Siempre
Conservación Internacional, Fondo Acción y BID
Joint MDB: Nature, People, and Planet
Sobre Amazônia Sempre
Amazônia Sempre é um programa abrangente e holístico que tem como objetivo proteger a biodiversidade e acelerar o desenvolvimento sustentável em três frentes de ação: ampliar o financiamento, promover o intercâmbio de conhecimento e facilitar a coordenação regional entre os oito países amazônicos.
O programa se baseia em cinco pilares: (i) combate ao desmatamento e fortalecimento do controle e da segurança ambientais no contexto dos governos nacionais; (ii) bioeconomia e economia criativa, incentivando atividades econômicas alternativas e sustentáveis; (iii) pessoas, com o objetivo de alcançar um acesso adequado a educação, saúde e emprego de qualidade; (iv) cidades e infraestrutura e conectividade sustentáveis; e (v) agricultura, pecuária e silvicultura sustentáveis e de baixo carbono. Além disso, o programa focaliza a promoção da inclusão de mulheres, povos indígenas, afrodescendentes e comunidades multiculturais; conservação do clima, da biodiversidade e da floresta; e fortalecimento das capacidades institucionais e do Estado de Direito.